Após 43 anos, tartaruga comum no litoral de SP deixa lista de espécies ameaçadas de extinção

Tartaruga-verde deixa lista de espécies ameaçadas A água salgada das praias do Litoral Norte de São Paulo é a casa de uma das espécies de animais que, at...

Após 43 anos, tartaruga comum no litoral de SP deixa lista de espécies ameaçadas de extinção
Após 43 anos, tartaruga comum no litoral de SP deixa lista de espécies ameaçadas de extinção (Foto: Reprodução)

Tartaruga-verde deixa lista de espécies ameaçadas A água salgada das praias do Litoral Norte de São Paulo é a casa de uma das espécies de animais que, até este ano, era considerada ameaçada de extinção: a tartaruga-verde. Esse cenário mudou em 2025, após 43 anos, com uma nova avaliação que tirou a espécie do grupo de "perigo" e a colocou em "pouco preocupante". A tartaruga-verde é a que mais aparece no Litoral Norte paulista e, desde 1982, sempre esteve classificada entre as espécies ameaçadas. A nova classificação a deixa com menor risco de extinção. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Tartaruga-Verde (Chelonia mydas) Nicolas J Pilcher/IUCN/Divulgação A informação foi divulgada pela União Internacional para a Conservação da Natureza, em uma atualização da lista vermelha. Desde 1982, a tartaruga passou por nove avaliações. De acordo com a entidade, a população de tartaruga-verde teve um crescimento global estimado em 28% desde a década de 1970. Ações como proteção de ninhos, controle da pesca acidental e iniciativas comunitárias em países como o Brasil, México e Havaí contribuíram para o aumento da espécie. Mesmo com essa atualização, especialistas alertam que a recuperação ainda é frágil. A caça, o comércio ilegal, o avanço urbano nas áreas costeiras e as mudanças climáticas continuam entre as principais ameaças à sobrevivência da espécie. Segundo explicou o biólogo e coordenador de Pesquisa e Conservação do Projeto Tamar, em Ubatuba (SP), José Henrique Becker. “As ameaças que levaram as tartarugas a serem consideradas ameaçadas de extinção continuam acontecendo, além de outras novas que surgiram, mas a captura acidental na pesca segue sendo uma dificuldade que elas enfrentam, que a gente precisa solucionar, a questão da poluição dos mares, são todos problemas que seguem acontecendo e precisam ser trabalhados”, disse. A tartaruga-verde pode atingir quase 1 metro e meio de comprimento de carapaça, que é a estrutura que reveste o corpo, além de ultrapassar os 200 quilos e viver cerca de 80 anos. Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina