BNDES aprova empréstimo de R$ 200 milhões para Embraer investir no ‘carro voador’
Protótipo de 'carro voador' em escala real Divulgação/Eve Air Mobility O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou, nesta terça...
Protótipo de 'carro voador' em escala real Divulgação/Eve Air Mobility O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou, nesta terça-feira (9), que aprovou um financiamento no valor de R$ 200 milhões para a empresa Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, investir no desenvolvimento do carro voador. Popularmente chamados de carros voadores, os eVTOLs (veículo elétrico de pouso e decolagem vertical) são produzidos em Taubaté (SP) e devem entrar em operação em 2027. O modelo terá capacidade para cinco pessoas (quatro passageiros e um piloto) e autonomia de 100 quilômetros, o que permite cobrir trajetos urbanos curtos, como conexões entre cidades e centros comerciais, por exemplo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Segundo o BNDES, o financiamento vai usar recursos de duas linhas de crédito, sendo R$ 160 milhões do Fundo Clima e R$ 40 milhões da linha Finem. A primeira linha foi criada para apoiar projetos que tenham como objetivo reduzir as mudanças climáticas. Com o valor, a empresa vai trabalhar na fase de integração dos motores elétricos, além de fazer testes do protótipo para certificação do eVTOL, preparando o veículo para a campanha de testes para obtenção do certificado junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Embraer faz reunião com autoridades em SP para alinhar regulamentação do 'carro voador' Desde 2022, o BNDES já aprovou R$ 1,2 bilhão em crédito para apoiar a Eve em diferentes fases do desenvolvimento do eVTOL, incluindo a construção da fábrica em Taubaté (SP). Em agosto deste ano, por exemplo, o Banco anunciou R$ 405,3 milhões em investimento direto na Eve. Segundo o BNDES, o banco acredita que o carro voador da Embraer é uma inovação na mobilidade urbana que terá menos impacto ambiental do que outros tipos de veículos. “A fabricação do eVTOL é uma inovação disruptiva no conceito de mobilidade urbana, com um veículo que vai conectar os principais pontos das grandes cidades e regiões metropolitanas, com menor emissão de gases de efeito estufa que helicópteros e carros convencionais", disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. "O BNDES tem todo o interesse em apoiar um projeto que já tem 2,8 mil pedidos de encomenda de clientes em nove países. Queremos que o primeiro voo aconteça em 2026, 120 anos após o voo do 14-Bis, um feito histórico de Santos Dumont e legado para o mundo”, completou. Segundo a Eve, o apoio do BNDES para o desenvolvimento do modelo é necessário para garantir que uma etapa difícil do desenvolvimento consiga avançar. “Esse financiamento acelera uma etapa crítica do nosso programa: a integração do sistema de propulsão elétrica, que garantirá desempenho, segurança e confiabilidade à nossa primeira aeronave certificável”, disse o CFO da Eve, Eduardo Couto. As diferenças entre helicóptero, eVTOL e avião elétrico Daniel Ivanaskas/Arte g1 Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina