Cidade do interior de SP confirma 3ª morte por febre maculosa; veja sintomas e como evitar a doença

Leme registra 3ª morte por febre maculosa A Vigilância Epidemiológica de Leme (SP) confirmou na terça-feira (18) a terceira morte por febre maculosa, doenç...

Cidade do interior de SP confirma 3ª morte por febre maculosa; veja sintomas e como evitar a doença
Cidade do interior de SP confirma 3ª morte por febre maculosa; veja sintomas e como evitar a doença (Foto: Reprodução)

Leme registra 3ª morte por febre maculosa A Vigilância Epidemiológica de Leme (SP) confirmou na terça-feira (18) a terceira morte por febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato-estrela. A vítima é um homem de 58 anos que morreu no dia 30 de outubro. 📱 Siga o g1 São Carlos e Araraquara no Instagram Segundo a família, o homem morava em Leme, mas foi infectado na cidade vizinha de Santa Cruz da Conceição (SP) quando participou de um churrasco. A esposa da vítima disse que encontrou 11 carrapatos no corpo do marido e também no corpo dela. As outras vítimas da doença são uma criança de 9 anos, que morreu em 12 de outubro, e um homem de 44 anos que faleceu em julho. 🔎 A febre maculosa é uma doença grave, com letalidade alta, ocasionada pela bactéria Rickettsia rickettsii. A infecção se dá através da picada do carrapato-estrela infectado com a bactéria. Febre maculosa: entenda o que é e quais os sintomas da doença Mais notícias da região: FERIADO DA CONSCIÊNCIA NEGRA: veja o que abre e o que fecha em São Carlos, Araraquara e Rio Claro VÍDEO: Caminhão tomba e esmaga picape; 2 vítimas ficam presas às ferragens BANCO MASTER: Banco Master: Instituto de Previdência de Araras tem R$ 34 milhões em aplicação Monitoramento A doença infecciosa é transmitida através do carrapato-estrela infectado e para a qual não há vacina g1 A Prefeitura de Leme divulgou um alerta para a doença. As áreas consideradas de risco estão sob monitoramento e receberam sinalização. “A gente vem alertando a população sobre a entrada em áreas como corredor ecológico. Tem placas indicativas. A entrada neste tipo de área, que é endêmica, é onde tem carrapato, é natural. Mas tem que ser feita a prevenção e o trabalho da Zoonoses é alertar”, disse Alexandre dos Santos Leme, agente de controle de endemias. Segundo ele, até um passeio com o pet pela grama pode ser um risco, principalmente em áreas com ocorrências de carrapatos. “Sempre que passou próximo, chega em casa e dá uma olhada, faz uma vistoria no animal porque ele se torna um hospedeiro acidental, como o ser humano também. Caso necessite entrar em uma área, use roupas de cor clara, blusa com mangas compridas. Mas é melhor evitar”, disse. Sintomas e tratamento Saiba o que fazer caso encontre algum carrapato no corpo Na fase jovem, o carrapato pode parasitar qualquer animal (inclusive, os humanos) que estejam em áreas de vegetação, especialmente onde há cavalos, capivaras e outros animais silvestres. O chefe do Núcleo de Zoonoses, José Ricardo Varzone, orientou o que fazer caso encontre algum carrapato no corpo (veja no vídeo acima). "Você por baixo retirar o carrapato com uma pinça, não pegar no corpo dele, levantar, pegar bem na pontinha, girar e depois retirar. Retirar não quer dizer que está impedido da doença ser transmitida. Até 4 horas é mais interessante tirar, que o risco da infecção ele é menor", disse. Em caso de infecção, os sintomas podem aparecer de 2 a 7 dias, com febre, dor de cabeça, mal-estar, e manchas vermelhas. "A partir do primeiro sinal, é preciso procurar o atendimento médico e relatar ao profissional de saúde que teve contato com carrapato. Porque o período de iniciar o tratamento são só 5 dias com a doxiciclina, um antibiótico específico", orientou. Quais os sintomas? Conforme o Ministério da Saúde, os principais sintomas da febre maculosa são: febre; dor de cabeça intensa; náuseas e vômitos; diarreia e dor abdominal; dor muscular constante; inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés; gangrena nos dedos e orelhas; paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões, causando parada respiratória. O diagnóstico rápido da doença é fundamental para reduzir o risco de óbito. Áreas de risco Áreas de mata Margens de rios Lagos Pastos Locais com a presença de animais como cavalos, bois e capivaras, hospedeiros comuns do carrapato-estrela. ❌ Como posso evitar a doença? O carrapato-estrela é encontrado naturalmente em gramados e matas, em especial nas áreas próximas a rios, lagos e lagoas. Se estiver contaminado, pode transmitir a bactéria que causa a febre maculosa; Evite caminhar, sentar e deitar na grama e nos locais com acúmulo de folhas secas caídas. Os carrapatos se concentram em áreas de sombra; Evite se aproximar de rios, lagos, lagoas e dos animais presentes no local; Faça piquenique, comemoração, ensaio fotográfico e atividade física nas áreas pavimentadas; Use roupas claras, observe o corpo e as roupas. Se algum carrapato chegar até você será mais fácil enxergar; Use repelente com eficiência comprovada contra carrapatos. Passe na pele exposta, sapato e roupa; Encontrou um carrapato aderido na pele? Retire com cuidado, sem esmagar, de preferência usando uma pinça e lave o local com água e sabão; Em casa, tome banho quente e use bucha vegetal fazendo movimento circular. Se tiver algum carrapato na pele, a bucha ajuda a retirar; Ao visitar áreas verdes e parques, respeite as orientações das placas de informação; O carrapato de cachorro não é da mesma espécie do carrapato-estrela. Porém, se o seu pet frequenta área de risco, ele pode ser infestado pelo carrapato-estrela e levá-lo para casa. REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara