Data centers regionais ganham força na era da inteligência artificial e do 5G
Data centers regionais ganham força na era da inteligência artificial e do 5G – Crédito: Divulgação Quando se fala em data centers no Brasil, a imagem t...
Data centers regionais ganham força na era da inteligência artificial e do 5G – Crédito: Divulgação Quando se fala em data centers no Brasil, a imagem tradicional remete a galpões gigantescos nos entornos de São Paulo e Rio de Janeiro. Mas essa centralização está sendo superada por uma nova realidade: o crescimento exponencial da demanda por serviços digitais, IA, 5G e IoT está puxando uma mudança radical na infraestrutura digital do país — e ela começa fora dos holofotes. De um centro para várias bordas Com cerca de 90% da infraestrutura de data centers concentrada no Sudeste, o Brasil enfrenta desafios de latência, resiliência e soberania de dados. A resposta a isso vem em forma de descentralização. Uma nova arquitetura digital começa a emergir, com data centers regionais, edge computing e pontos de troca de tráfego (IXs - Internet Exchange) espalhados pelo território nacional. No centro dessa transformação estão os ISPs (provedores regionais de internet), que já respondem por 64% do investimento em última milha e começam a construir sua própria infraestrutura de data center para reduzir latência e elevar a qualidade dos serviços locais. Esses provedores tornam-se protagonistas de uma revolução silenciosa que muda a forma como os dados trafegam e são processados no Brasil. Data centers regionais ganham força na era da inteligência artificial e do 5G – Crédito: Divulgação O case do interior paulista: a inteligência vem do campo Um exemplo é o da 3AX Telecom, empresa de 25 anos que atua no interior de São Paulo com cinco data centers estrategicamente distribuídos em cidades como Ribeirão Preto, Jaboticabal, Monte Alto, Sertãozinho e Barretos. Com uma rede própria de 2.000 km de fibra óptica e conexão direta ao IX-SP (o principal ponto de troca de tráfego da internet no Brasil e um dos maiores do mundo), a 3AX entrega velocidades de 1 Gbps a 400 Gbps e replica dados entre os data centers, garantindo disponibilidade, segurança e continuidade operacional 24 horas por dia. Seguindo a tendência de descentralização o IX-SP está em fase de implantação do IX-Ribeirão Preto nas dependências da 3AX, reduzindo a latência, tornando a internet mais rápida e estável, diminuindo custos com trânsito IP e melhorando o desempenho de serviços como streaming, jogos e videoconferências. Além disso irá, fortalece a infraestrutura local, aumentar a resiliência da rede e estimular o desenvolvimento tecnológico regional. Segundo William Guidi, CEO da 3AX Telecom: “Essa presença capilar permite à 3AX entregar serviços de nuvem com desempenho de rede local mesmo em cidades de pequeno e médio porte, algo que antes era privilégio apenas de grandes capitais.” Além disso, sua estrutura de backbone própria, aliada a data centers redundantes, garante baixa latência e maior resiliência a falhas — um trunfo crucial em tempos de transformação digital acelerada. A operadora regional atende mais de mil empresas e mantém uma política de investimento contínuo em tecnologia e segurança da informação. Para seus clientes, isso se traduz em um salto qualitativo: serviços com performance elevada, estabilidade e escalabilidade sem depender de hubs distantes. IA, edge e latência zero A descentralização também é impulsionada pelo crescimento da inteligência artificial. Conforme discutido no Data Center AI & Cloud Summit 2025, a IA exige uma infraestrutura que responda em milissegundos. Isso só é possível com a existência de múltiplos nós de processamento localizados em regiões diversas. Empresas como Oracle, Nokia e a própria 3AX Telecom apostam em topologias distribuídas, com data centers regionais, edge nodes e dispositivos com poder de processamento criptografado nas pontas. A lógica é clara: a IA não pode esperar um pacote de dados ir até São Paulo e voltar para funcionar. A latência precisa ser quase zero, e isso só se alcança com redes inteligentes e infraestrutura capilar. Data centers regionais ganham força na era da inteligência artificial e do 5G – Crédito: Divulgação O futuro é inteligente e distribuído O modelo que se desenha é o de uma nuvem nacional com cérebro em São Paulo, mas com milhares de "terminais nervosos" espalhados em todo o país. Os data centers regionais vão sustentar aplicações de IA, streaming, IoT e serviços críticos com baixa latência e maior resiliência. Se a economia do futuro é digital, a infraestrutura que a sustenta precisa ser distribuída — e territorialmente democrática. É isso que começa a acontecer no Brasil. E quem estiver preparado, como a 3AX Telecom, não só acompanhará essa revolução: será parte central dela. A próxima grande transformação digital brasileira não virá das metrópoles, ela já pulsa na região de Ribeirão Preto.