Justiça derruba liminar que barrava contrato de Campinas com empresa que fornece médicos para Hospital Ouro Verde

Hospital Municipal Ouro Verde, em Campinas Reprodução/EPTV A Justiça de Campinas (SP) revogou, nesta quinta-feira (4), a liminar que barrava o contrato assin...

Justiça derruba liminar que barrava contrato de Campinas com empresa que fornece médicos para Hospital Ouro Verde
Justiça derruba liminar que barrava contrato de Campinas com empresa que fornece médicos para Hospital Ouro Verde (Foto: Reprodução)

Hospital Municipal Ouro Verde, em Campinas Reprodução/EPTV A Justiça de Campinas (SP) revogou, nesta quinta-feira (4), a liminar que barrava o contrato assinado entre Prefeitura e uma das empresas escolhidas para fornecer médicos e outros profissionais de saúde ao Hospital Ouro Verde. Com isso, o contrato continua válido e os serviços seguirão executados normalmente, segundo a prefeitura. A empresa, chamada Cirmed Serviços Médicos, foi declarada vencedora com a proposta de R$ 51.190.000,00, por um contrato de 24 meses, e começou a atuar em dezembro. Nesta quarta-feira (3), na decisão em caráter liminar, a Justiça chegou a suspender todos os atos após fase de lances. A prefeitura de Campinas informou, em nota, que "as etapas do processo licitatório foram conduzidas de acordo com as normas legais e com total transparência", para "garantir a continuidade e a qualidade dos serviços prestados à população". A licitação tinha como objetivo contratar uma empresa para prestação de serviços médicos e multiprofissionais no pronto-socorro adulto, incluindo especialidades, exames cardiológicos e atendimento domiciliar, com fornecimento de equipamentos e transporte para o Hospital Ouro Verde. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Sanção vigente Ao deliberar pela liminar, o juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública de Campinas, Leonardo Manso Vicentin, destacou que os documentos apresentados na ação, proposta por uma concorrente na licitação, apontou que a Cirmed, vencedora no processo, "possui sanção vigente, que a impossibilita de contratar com a Administração Pública até 29 de agosto de 2026". "Portanto, não é possível aceitar que tal empresa seja consagrada vencedora da licitação descrito nos autos. Logo, defiro a liminar para impedir a assinatura do contrato, referente ao Pregão Eletrônico n. 90199/2025, com a empresa Cirmed, suspendendo, assim, todos os atos praticados na licitação posteriores a fase de lances", disse o magistrado. Porém, nesta quinta, o juiz Claudio Campos da Silva, também da 3ª Vara da Fazenda Pública, afirmou, em nova decisão, que existe a possibilidade de que empresas com sanções administrativas participassem da licitação desde que a sanção fosse imposta por outro ente federativo. "Ademais, considerando o grande prejuízo à saúde municipal, bem como a imposição no edital de observância à nova legislação, verifica-se que é possível a participação de empresas com sanção administrativa, desde que tais sanções sejam impostas por outros entes federativos, como é o caso dos autos", afirmou. O que dizem os envolvidos? Por telefone, nesta quinta-feira (4), o gestor do contrato por parte da empresa, Rodrigo Navarro, destacou que a sanção mencionada no processo é referente a um problema em um contrato com a cidade de Porto Alegre (RS), e que a suspensão atinge apenas licitações daquele município. Navarro destacou que a Cirmed assumiu os atendimentos no pronto atendimento adulto do Ouro Verde no dia 1º de dezembro, e que já tinha outro contrato com a prefeitura na mesma unidade, sendo responsável pelos profissionais de anestesia. Já a prefeitura afirmou que a nova decisão "reconhece que a liminar era inexequível, uma vez que o contrato havia sido formalizado antes de sua concessão" e que "o juiz também considerou que a decisão traria grande prejuízo para a saúde municipal". A Prefeitura reforça que todas as etapas do processo licitatório foram conduzidas de acordo com as normas legais e com total transparência, sempre com o objetivo de garantir a continuidade e a qualidade dos serviços prestados à população. Com a revogação da liminar, o contrato permanece válido e os serviços seguirão sendo executados normalmente, assegurando a regularidade do atendimento no Hospital Municipal Ouro Verde", diz a nota da administração municipal. UPA, AMA OU UBS? Onde procurar atendimento médico? VÍDEOS: destaques da região de Campinas Veja mais notícias da região no g1 Campinas