Mais um palmeirense é preso por emboscada que matou cruzeirense em SP; sobe para 42 total de torcedores réus pelos crimes
José Victor Miranda dos Santos, cruzeirense que morreu em emboscada feita por palmeirenses em SP Arquivo pessoal Após mais de 11 meses, a polícia prendeu na ...

José Victor Miranda dos Santos, cruzeirense que morreu em emboscada feita por palmeirenses em SP Arquivo pessoal Após mais de 11 meses, a polícia prendeu na quarta-feira (1º) mais um palmeirense procurado sob acusação de participar da emboscada que matou um cruzeirense e deixou 15 torcedores feridos em Mairiporã, na Grande São Paulo. Recentemente subiu para 42 o total de palmeirenses réus pelos crimes (saiba mais abaixo). Alexandre Santos Medeiros foi preso pela Polícia Militar (PM) durante abordagem ao veículo que ele dirigia na Zona Oeste da capital paulista. O g1 não conseguiu localizar a sua defesa para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem. O torcedor é acusado pelo Ministério Público (MP) de se juntar a outros integrantes da Mancha Alviverde, maior torcida organizada do Palmeiras, para atacar membros da Máfia Azul, principal torcida do Cruzeiro. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Em 27 de outubro de 2024, palmeirenses atacaram com paus, pedras, bolas de bilhar, pregos e rojões os ônibus dos cruzeirenses na Rodovia Fernão Dias. Os veículos foram incendiados e os rivais acabaram agredidos. Os próprios torcedores paulistas filmaram a ação criminosa contra os mineiros e postaram as imagens nas redes sociais, o que auxiliou a Polícia Civil na identificação deles (veja vídeo abaixo). 24 presos e 18 foragidos Como foi planejada a emboscada da torcida Mancha Alviverde contra os rivais da Máfia Azul Segundo autoridades e profissionais que atuam no caso ouvidas pelo g1, com a prisão de Alexandre chegou a 24 o número de palmeirenses presos. Outros 18 torcedores do Palmeiras seguiriam foragidos. Procurada para comentar o assunto, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) não confirmou o total de torcedores detidos e procurados pela polícia de São Paulo. A equipe de reportagem apurou, no entanto, que os 42 palmeirenses identificados pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) se tornaram réus pelos crimes contra os cruzeirenses. Os integrantes da Mancha são acusados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público por um homicídio contra José Victor Miranda (ele morreu queimado) e 15 tentativas de assassinato diante de outros membros da Máfia. Os palmeirenses também respondem por incêndio e tumulto esportivo (saiba abaixo quem são cada um deles). “Não queremos vingança, apenas justiça. Isso é o mínimo por tudo o que ele significava pra nós”, afirmou a mãe de José Victor, Jaqueline Alves, à equipe de reportagem neste ano. Desse total de acusados, a Justiça decidiu no mês passado que 20 torcedores do Palmeiras vão a júri popular pelo que fizeram contra torcedores do Cruzeiro. A data do julgamento ainda será marcada. Mais 22 palmeirenses se tornaram réus em agosto pelos mesmos crimes. Mas como o processo contra eles foi desmembrado, a Justiça fará audiências em dezembro para decidir se também os levará a júri. Segundo o MP, eles também pertencem à Mancha. Palmeirenses que irão a júri Entre os palmeirenses acusados estão: Jorge Santos (então presidente da Mancha Alviverde); Felipe dos Santos, o 'Fezinho' (que era vice-presidente); Leandro Santos, o 'Leandrinho'. e Neilo Silva, o 'Largartixa' Reprodução/Redes sociais Dos 20 palmeirenses que irão a júri, 17 estão presos, outros três são foragidos. Eles são acusados pelo Gaeco do Ministério Público por um homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, perigo comum e recurso que dificultou as defesas das vítimas. Também respondem na Justiça por 15 tentativas de assassinato e por causarem tumulto, de acordo com a Lei Geral do Esporte. Veja abaixo a situação de cada um: Jorge Luiz Sampaio Santos: presidente da Mancha naquela ocasião do ataque à Máfia, ele renunciou ao cargo antes de se entregar à polícia e ser preso; Felipe Mattos dos Santos, o "Fezinho": era vice-presidente da Mancha está preso; Luiz Ferretti Junior: advogado e torcedor estaria em prisão domiciliar; Jeovan Fleury Patini: torcedor preso; Alekssander Ricardo Tancredi: torcedor preso; Leandro Gomes dos Santos: torcedor preso; Diego Machado Sardella: torcedor preso; Rodrigo Santander Tosin: torcedor preso; Caio Cesar de Souza Guilherme: torcedor preso; Marcos Moretto Junior: torcedor preso; Alan de França Soares: torcedor preso; Lucas Henrique Marchelli de Lima: torcedor preso; Jesus Pedrosa de Almeida: torcedor preso; Vinicius Sales Canuto: torcedor preso; Aurélio Andrade de Lima: torcedor preso; Lucas Henrique Zanin dos Santos: torcedor preso _responde também na Justiça por ter adulterado as placas de um carro usado no crime; Alexandre Santos Medeiros: torcedor preso; Neilo Ferreira e Silva, o "Lagartixa": torcedor da Mancha, professor de boxe e muay thai está foragido; Cesar Augusto Pinheiro Melo: torcedor foragido _responde também na Justiça por ter adulterado as placas de um carro usado no crime; Renato Mendes da Silva: torcedor foragido. Torcedores que passarão por audiências Parte dos demais palmeirenses que são investigados por participarem da emboscada contra cruzeirenses Reprodução Dos demais 22 palmeirenses acusados pela emboscada e que passarão por audiências judiciais, sete estão detidos e 15 continuam sendo procurados pelas autoridades. Essa etapa do processo, chamada de audiência de instrução servirá para a Justiça decidir se há indícios de que eles cometeram crimes para serem julgados. As sessões, que serão todas por videoconferência, estão marcadas para 15, 16 e 17 de dezembro. Veja abaixo quem são eles: Eder da Silva Pongelupe: torcedor preso. Igor Souza de Oliveira: torcedor preso. Julio Cesar Ferreira de Souza: torcedor preso. Leandro Maia Coelho: torcedor preso. Maurício Ernesto Hildebrando da Silva: torcedor preso. Rogério Ribeiro de Andrade: torcedor preso. Thiago Amorim de Melo: torcedor preso. Bruno do Nascimento: torcedor foragido. Caio Henrique Aparecido Santos Ugolini: torcedor foragido. Diogo Alves dos Santos: torcedor foragido. Diony Aparecido da Silva: torcedor foragido. Edinaelson Santos Freire: torcedor foragido. Fabio Abreu Pires da Fonseca: torcedor foragido. Fabio Henrique da Silva Menezes: torcedor foragido. Gleison Matheus Falcão dos Santos: torcedor foragido. Igor Henrique Silva: torcedor foragido. Lucas Amaral Lima: torcedor foragido. Lucas dos Santos Brito: torcedor foragido. Robson Alves dos Santos: torcedor foragido. Sandro Santos de Sousa: torcedor foragido. Tales Augusto dos Santos Alcântara: torcedor foragido. Welson Roberto Barbosa Amaro: torcedor foragido. O que dizem os citados Ônibus foram destruídos durante briga entre torcedores de Palmeiras e Cruzeiro na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Grande SP Montagem/g1 O advogado Gilberto Quintanilha, que defende 16 réus, afirmou ao g1 que seus clientes "são inocentes e a inocência deles será provada no plenário do júri". "Julio Cesar não é integrante da torcida Mancha Alviverde. Foi convidado para um churrasco na região de Mairiporã. Desconhecia a emboscada organizada. E não participou de nenhum ato de briga ou contra a vida de nenhuma das vítimas. É réu primário e trabalhador. Ao final, a defesa espera comprovar a sua inocência", disse o advogado Victor Martinelli Paladino. O advogado Jacob Filho, que defende o presidente da Mancha foi procurado, mas não comentou o assunto. As defesas dos demais réus não foram encontradas para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem.