STJ concede habeas corpus a cunhados de Rodrigo Manga investigados pela PF

STJ concede habeas corpus a cunhados de Rodrigo Manga investigados pela PF O STJ concedeu nesta terça-feira (25) um habeas corpus (HC) em favor de Josivaldo Ba...

STJ concede habeas corpus a cunhados de Rodrigo Manga investigados pela PF
STJ concede habeas corpus a cunhados de Rodrigo Manga investigados pela PF (Foto: Reprodução)

STJ concede habeas corpus a cunhados de Rodrigo Manga investigados pela PF O STJ concedeu nesta terça-feira (25) um habeas corpus (HC) em favor de Josivaldo Batista de Souza e Simone Rodrigues Frate de Souza, cunhados do prefeito afastado de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos). A decisão final está prevista para quinta-feira (27). A defesa dos dois não vai se manifestar. Josivaldo está preso desde 6 de novembro e Simone era considerada foragida da Justiça. Os dois são investigados pela Polícia Federal nas questões relacionadas à operação Copia e Cola, que apura corrupção em contratos da Prefeitura de Sorocaba. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Rodrigo Manga abraça o cunhado, Josivaldo Batista, durante evento em igreja evangélica Redes Sociais/Reprodução O HC começou a tramitar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 11 de novembro, cinco dias após os mandados de prisão. Conforme o órgão, os dois vão responder ao processo em liberdade, mas terão que seguir algumas medidas cautelares. São elas: Usar tornozeleira eletrônica; Entregar os passaportes; Não conversar com os outros investigados; Não entrar na Prefeitura de Sorocaba, nem ter contato com servidores municipais. "Além dessas, outras poderão ser impostas pelo desembargador federal, caso entenda necessárias", informou. Os investigados na operação Copia e Cola, aos quais Simone e Josivaldo não poderão manter contato são: Marco Silva Mott: empresário, amigo do prefeito afastado e suposto operador; Rafael Pinheiro do Carmo: amigo e ex-servidor da Prefeitura de Sorocaba; Cláudia Cenci Guimarães: empresária; Fausto Bossolo: ex-secretário municipal; Vinícius Tadeu Sattin Rodrigues: ex-secretário municipal; Paulo Sirqueira Korek Farias: empresário; Anderson Luiz Santana: empresário; Sergio Ricardo Peralta: empresário. Ao conceder a liminar, o ministro relator do habeas corpus, Sebastião Reis Junior, ressaltou que, apesar da gravidade do caso, que segue sendo investigado pela PF, "a simples descrição das condutas, incluindo a referência de que seriam 'operadores financeiros' do grupo criminoso, sem qualquer indicação de fato atual que revele risco de reiteração delitiva ou alguma situação concreta que comprometa a ordem pública, não é suficiente para justificar a prisão". LEIA TAMBÉM: Entenda a relação entre o prefeito Rodrigo Manga, apontado como líder de organização criminosa, e outros investigados pela PF Mais de 3 mil depósitos: transações mostram movimentação de R$ 11 milhões entre investigados na operação da PF em Sorocaba Veja nomes com os quais o prefeito não pode ter contato O que foi apreendido na Operação Copia e Cola Organização alvo da PF já recebeu R$ 123 milhões em contratos Esposa de Manga também é investigada por operação da PF 'Contabilidade paralela' é identificada em celular de cunhado de Manga O ministro também apontou que a decisão da prisão se baseou apenas na gravidade do caso, sem considerar que Josivaldo e Simone são primários, que não há imputação de violência ou grave ameaça, e que houve tratamento desigual em relação a outros investigados que permanecem em liberdade. Entenda toda a operação Entenda a Operação Copia e Cola, da Polícia Federal, que investiga Rodrigo Manga A investigação que levou à operação teve início em 2022, após suspeitas de fraudes na contratação da Organização Social (OS) Instituto de Atenção à Saúde e Educação (Aceni) para administrar, operacionalizar e executar ações e serviços de saúde em Sorocaba. A OS fez a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Éden. O g1 e a TV TEM conseguiram, com exclusividade, em julho de 2024, acesso a documentos de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Rio Grande do Sul. Com base nessas informações e em outras reportagens publicadas, o g1 preparou uma linha do tempo sobre o caso, das reuniões em 2020 às operações em 2025. Os documentos traziam elementos, obtidos via interceptação telefônica e quebra de sigilo de mensagens, de que a relação entre os investigados e a OS começou antes mesmo da eleição de 2020 e teria sido conduzida diretamente por Manga. Os documentos já estão com promotores de Sorocaba. Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM