Universidade concede diploma póstumo a estudante de medicina morto por PM

Universidade Anhembi Morumbi concede diploma póstumo a estudante de medicina morto por PM A Universidade Anhembi Morumbi concedeu um diploma póstumo ao estuda...

Universidade concede diploma póstumo a estudante de medicina morto por PM
Universidade concede diploma póstumo a estudante de medicina morto por PM (Foto: Reprodução)

Universidade Anhembi Morumbi concede diploma póstumo a estudante de medicina morto por PM A Universidade Anhembi Morumbi concedeu um diploma póstumo ao estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, que foi morto com um tiro à queima-roupa disparado por um policial militar em novembro de 2024. A cerimônia aconteceu durante a colação de grau da turma de Marco Aurélio, na última sexta-feira (28), no Edifício Bunkyo, no Centro de São Paulo. Sob forte aplausos de amigos e professores, os pais do jovem, ambos médicos, receberam o diploma. (Veja acima.) Marco Aurélio cursava o quinto ano do curso de Medicina, quando foi assassinado aos 22 anos com um tiro à queima-roupa no hotel em que estava hospedado na Vila Mariana, na Zona Sul da capital. (Leia mais abaixo.) Família recebe diploma póstumo de Marco Aurélio, estudante morto por policial em 2024. Montagem/g1/Arquivo pessoal Segundo o pai do jovem, Julio Acosta Navarro, o sonho dele era seguir a carreira da família e se tornar especialista em Neonatologia, especialidade da pediatria que se dedica ao cuidado de recém-nascidos. "Marco Aurélio não estava aí fisicamente nessa noite, mas, desde as estrelas, recebeu seu diploma e se tornou médico. Sua turma inteira o reconheceu também, só que lhe foi destinado pelos Deuses cuidar e tratar seres de outros mundos no céu", escreveu Júlio em carta enviada ao g1. LEIA TAMBÉM: Bombeiros levaram estudante morto por tiro de PM a hospital que sabiam estar com emergência fechada, diz ficha médica PM que matou estudante de medicina em SP deu versões diferentes do crime antes de registrar boletim de ocorrência Justiça nega pela 3⁠ª vez pedido de prisão de PMs que mataram estudante de medicina em SP Universidade Anhembi Morumbi concede diploma póstumo a estudante de medicina assassinado por PM. Arquivo pessoal Relembre o crime Marco Aurélio foi morto com um tiro à queima-roupa durante uma abordagem policial na madrugada de 20 de outubro de 2024, na Vila Mariana. A confusão começou quando Marco Aurélio deu um tapa no retrovisor de uma viatura que passava pela Rua Cubatão e correu para dentro de um hotel, onde estava hospedado com uma amiga. No veículo estavam os PMs Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado. Após o tapa no retrovisor, os policiais desceram da viatura e seguiram o estudante até o saguão do hotel. Nas imagens, Guilherme aponta o revólver e grita “você vai tomar”, enquanto tenta puxar o jovem pelo braço. Em seguida, Bruno chuta o estudante, que reage segurando o pé do policial — ele cai no chão. Logo depois, Guilherme atira à queima-roupa, acertando o abdome do estudante. PM que matou estudante de medicina em SP contou versões diferentes do crime A vítima foi levada para o Hospital Ipiranga, mas não resistiu aos ferimentos. A unidade estava superlotada e sem equipamento de tomografia, segundo a ficha de atendimento médico. No boletim de ocorrência, os PMs afirmaram que o estudante resistiu à abordagem, “entrou em vias de fato com a equipe” e tentou pegar a arma de Bruno — o que, segundo os vídeos, não aconteceu. Apesar dos três pedidos de prisão preventiva da família da vítima, os policiais respondem ao processo em liberdade. Estudante de Medicina Marco Aurélio e o pai Reprodução/Arquivo pessoal